A FEIRA LIVRE COMO LUGAR DE CONHECIMENTO MATEMÁTICO SOCIOCULTURAL: Um estudo de caso sobre a Feira Livre de São José de Piranhas - PB

Autores

Palavras-chave:

Etnomatemática., História., Saberes matemáticos., Feira Livre.

Resumo

O trabalho na feira popular é permeado por saberes matemáticos, com os quais o presente trabalho visa colaborar, mesclando esses saberes a outros conhecimentos.  Pretendemos partir de um prisma histórico-cultural, acerca dos saberes matemáticos contidos nesse ambiente popular. O recorte espacial da pesquisa foi a Feira Livre de São José de Piranhas, cidade localizada no alto sertão paraibano, tendo como foco seus sujeitos participantes – feirantes e fregueses –, buscando investigar como esses sujeitos aplicavam conhecimentos matemáticos em suas estratégias de quantificação e aferição de valor. A base teórica da presente pesquisa foram os estudos de Ubiratan D’Ambrósio (1990; 2006; 1008) e Gelsa Knijnik (2012), acerca da Etnomatemática; Michel de Certeau (1994), teórico do campo da história, o qual lança olhar sobre as atuações humanas do cotidiano; e Lucila Delgado (2006), no que tange à utilização de técnica de coleta de dados referentes à oralidade, entre outros de igual valor. Caracteriza-se, também, como um estudo de caso, porque há um foco de observação em uma espacialidade particular – a Feira Livre de São José de Piranhas, PB –, por compreensão de que este lugar, pela manutenção de técnicas passadas relacionadas à feira, representa uma amostra histórica reveladora de práticas matemáticas. Este estudo nos permitiu entender a Feira de São José de Piranhas-PB como um local onde seus protagonistas ativam seus órgãos sensoriais, pela profusão de produtos alimentícios; estabelecem relações sociais e até afetivas; experenciam saberes matemáticos formais e não formais, muitos destes repassados por seus antecessores familiares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Valéria Roberto da Silva, IFPB

Licenciada em Matemática (IFPB-Campus Cajazeiras). Correspondência: Rua Projetada, 04- Bairro Zuza Holanda, São José de Piranhas- PB, CEP: 58940-000. E-mail: valeriaroberto.sjp@outlook.com.

Ana Paula Cruz, IFPB- Campus Cajazeiras

Doutorado em História (UFC). Professora de História da Educação no Curso de Licenciatura em Matemática (IFPB), Cajazeiras, PB, Brasil. Correspondência: Rua José Leôncio da Silva, 300 - Lot. Jardim Oasis, Cajazeiras - PB, CEP: 58900-000.

Francisco Aureliano Vidal , IFPB- Campus Cajazeiras

Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela UFAL. Professor EBTT (IFPB), Cajazeiras, PB, Brasil. Rua Zenilson Alcântara, 170. Jardim Oásis, Cajazeiras - PB, CEP: 58900-000

Referências

Andrade, J. C. & Custódio, R. (2018). Sistema internacional de unidades. Revista Chemkeys, Campinas, SP, n. 3, pp. 1–8,. DOI: 10.20396/chemkeys.v0i3.9665. https://econtents.bc.unicamp.br/inpec/index.php/chemkeys/article/view/9665.

Cardoso, M. F. T. C. (1975) Feira de Caruaru. In: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Tipos e aspectos do Brasil. Departamento de Documentação e Divulgação Geográfica e Cartográfica.

Carraher, T. N; Carraher, D. W. & Schliemann, A. D. (1982). Na vida dez, na escola zero. Cortez.

Certeau, M. (1994). A invenção do cotidiano: 1. Artes de fazer. Vozes.

D’Ambrósio, U. (1990). Etnomatemática: arte ou técnica de explicar e conhecer. Editora Ática.

D’Ambrósio, U. (2002). Etnomatemática: Um Programa. Educação Matemática em Revista, n. 1, p. 5-11.

D’Ambrósio, U. (2006). Etnomatemática: papel, valor e significado. Zouk.

D’Ambrósio, U. (2008). Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. Autêntica.

Delgado, L. A. N. (2006). História oral-memória, tempo, identidades. Autêntica.

Dicionário Informal de Português. Mói. https://www.dicionarioinformal.com.br/m%C3%B3i/.

Kliksberg, B. (2001). Falácias e Mitos do Desenvolvimento Social. Cortez.

Knijnik, G. (2012). Etnomatemática em movimento. Autêntica Editora.

Leitão, D. (1985). São José de Piranhas: Notas para sua história. Unigraf.

Morais, I. R. D. & Araújo, M. A. A. (2006). Territorialidades e Sociabilidades na Feira Livre da Cidade de Caicó (RN). Instituto de Geografia da UFRN.

Rheinboldt, H. (1988). A História da Balança. Nova Stella Editorial.

Downloads

Publicado

2022-12-15

Métricas


Visualizações do artigo: 370     PDF downloads: 258

Como Citar

Silva, V. R. da, Cruz, A. P., & Vidal , F. A. (2022). A FEIRA LIVRE COMO LUGAR DE CONHECIMENTO MATEMÁTICO SOCIOCULTURAL: Um estudo de caso sobre a Feira Livre de São José de Piranhas - PB . Revista De História Da Educação Matemática, 8, 1–23. Recuperado de https://histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/518

Edição

Seção

Artigos