ASPECTOS HISTÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO DA IDEIA E REPRESENTAÇÃO DE POTENCIAÇÃO

Autores

DOI:

10.62246/HISTEMAT.2447-6447.2024.10.616

Palavras-chave:

Potenciação, História da Matemática, Notação, Álgebra, Desenvolvimento da Matemática

Resumo

Este artigo apresenta momentos históricos que compõem o avanço da representação do que hoje concebemos como o objeto matemático da potenciação. Adotou-se a pesquisa bibliográfica neste estudo. Para tal, utilizamos a classificação proposta inicialmente por Florian Cajori, em 1928, acerca das etapas de desenvolvimento da potenciação, e a vinculamos às fases de transformação da álgebra, aceita por diversos autores. O resultado foi um percurso temporal iniciado nos antigos povos babilônicos e egípcios de milênios atrás, onde foram concebidas as primeiras ideias de potenciação, passando por estudiosos como Arquimedes e Hipócrates na Idade Antiga; Diofanto, al-Khwârizmi e Bhaskara, na Idade Média; Stifel, Viète e, finalmente, em Descartes, na Idade Moderna. Também mostramos algumas das representações da potenciação em linguagens de programação a partir do século XX. Por fim, concluímos que 1) é possível organizar a modificação da notação da potenciação em quatro fases: primeiras representações, planos Abreviado, Indexado e linguagem de programação, as quais têm relação com as fases de mudança da álgebra: retórica, sincopada e simbólica; 2) conhecer a história da formulação de uma ideia ou conceito matemático pode ser importante para desmistificar a concepção de muitos que tudo o que foi proposto ou desenvolvido ao longo da história foi aceito harmonicamente entre estudiosos da área; e que 3) para os profissionais que trabalham com o ensino da matemática é recomendável conhecer esse e outros temas relacionados ao desenvolvimento de conceitos, propriedades e teoremas, para possibilitarem uma prática de ensino mais atrativa e eficaz aos seus alunos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alexandre Ferreira da Silva, SEDUC/PA

Licenciado em Matemática pela Universidade do Estado do Pará (UEPA); Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Pará (UFPA); Mestrando em Ensino da Matemática pela UEPA. Professor concursado da Secretaria de Educação do Estado do Pará (Seduc-PA) e da Secretaria Municipal de Educação de Ananindeua/PA (SEMED-Ananindeua).

Pedro Franco de Sá, Universidade do Estado do Pará (UEPA)

Doutor em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); Mestre em Matemática pela Universidade Federal do Pará (UFPA); Licenciado Matemática pela UFPA. Professor Titular de Educação Matemática do Departamento de Matemática, Estatística e Informática na Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, Pará, Brasil. É docente fundador do Programa de Mestrado em Educação do CCSE–UEPA, docente fundador da REAMEC e docente fundador do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de Matemática do CCSE–UEPA. Endereço para correspondência: Universidade do Estado do Pará, UEPA/CCSE – Departamento de Matemática Estatística e Informática. Tv. Djalma Dutra, s/n, Telégrafo - Belém, Pará, Brasil, CEP: 66050-540. E-mail: pedro.sa@uepa.br.

Maria de Lourdes Silva Santos, Universidade do Estado do Pará (UEPA)

Doutora em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); Mestra em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba I (UNIMEP); Graduada em Pedagogia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Professora adjunta II da Universidade do Estado do Pará, Belém, Pará, Brasil. Endereço para correspondência: Universidade do Estado do Pará, UEPA/CCSE - Curso de Ciências da Religião. Tv. Djalma Dutra, s/n, Telégrafo - Belém, Pará, Brasil, CEP: 66050-540. E-mail: 2011malu.melo@gmail.com.

Thiago Beirigo Lopes, Instituto Federal do Mato Grosso

Doutor em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT/REAMEC); Mestre em Matemática pela Universidade Federal do Tocantins (UFT/ProfMat); Licenciado em Matemática pela Universidade do Estado do Pará (UEPA). Professor EBTT de Matemática efetivo com dedicação exclusiva no Programa de Mestrado em Ensino (PPGEn) no Instituto Federal de Mato Grosso - IFMT, Confresa, Mato Grosso, Brasil. Endereço para correspondência: Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de Mato Grosso – Campus Confresa. Av. Vilmar Fernandes, 300, Santa Luzia, Confresa, Mato Grosso, Brasil, CEP: 78652-000. E-mail: thiago.lopes@ifmt.edu.br. 

Referências

BALL, W. W. R. (1960). A Short Account of the History of Mathematics. (4ª Ed.). New York: Dover Publications, Inc. https://www.gutenberg.org/ebooks/31246

BOYER, C. B. (1974). História da matemática. Trad. Elza F. Gomide. 1. ed. Editora Edgard Blucher, São Paulo.

BRASIL. Ministério da Educação (2018). Base Nacional Comum Curricular. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf

CAJORI, F. (1993). A History of Mathematical Notations. New York: Dover Publications, Inc. https://www.maths.ed.ac.uk/~v1ranick/papers/cajorinot.pdf

CASTRO, T. B. de. (2016). A História da Matemática como Motivação para o Processo de Aprendizagem e Contextualização dos Conteúdos Matemáticos na Educação Básica. Dissertação (Mestrado Profissional) – Universidade Federal de Juiz de Fora. https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3625252>.

EVES, H. (2004). Introdução à história da Matemática. Tradução Hygino H. Domingues. Campinas: Editora da Unicamp.

HEEFFER, A. (2009). On the Nature and Origin of Algebraic Symbolism. Centre for Logic and Philosophy of Science. Ghent University, Belgium. https://www.researchgate.net/publication/238458171_On_the_Nature_and_Origin_of_Algebraic_Symbolism DOI: https://doi.org/10.1142/9789812812230_0001

MOURA, A. R. L. de; SOUSA, M. do C. de. (2005). O lógico-histórico da álgebra não simbólica e da álgebra simbólica: dois olhares diferentes. Zetetike, Campinas, SP, v. 13, n. 2, p. 11–46. DOI: 10.20396/zet.v13i24.8646987. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/zetetike/article/view/8646987.

PAIAS, A. M. (2009). Diagnóstico dos erros sobre a operação potenciação aplicado a alunos dos ensinos fundamental e médio. Dissertação (Mestrado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo. https://tede.pucsp.br/handle/handle/11385

POMBO, O. (s.d.) Arquimedes, contador de areia: as sementes de papoila e o universo. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. https://webpages.ciencias.ulisboa.pt/~ommartins/seminario/contadorareia/versaocomenvelhas.htm

PONTE, J. P., OLIVEIRA, H. (1999). Marcos históricos no desenvolvimento do conceito de potência. Centro de investigação em Educação. Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Revista de Educação e Matemática, nº 52. https://em.apm.pt/index.php/em/article/view/784

ROQUE, T. (2012). História da Matemática: uma visão crítica, desfazendo mitos e lendas. Rio de Janeiro, Zahar.

SEBESTA, R. W. (2011). Conceitos de linguagem de programação. 9ª Ed. Bookman Companhia Editora Ltda.

SMITH, D. E. (1925). History of mathematics. Vol II. Especial topics of elementar mathematics. New York: Dover Publications, Inc. https://www.gutenberg.org/ebooks/search/?query=history+of+mathematics+smith&submit_search=Go%21

STRICK, H. K. (2012). Michael Stifel (1487–1567). Spektrum der Wissenschaft. Der Mathematische Monatskalender. https://www.spektrum.de/wissen/michael-stifel-1487-1567/1137790

Downloads

Publicado

2024-05-06

Métricas


Visualizações do artigo: 830     PDF downloads: 205

Como Citar

Silva, A. F. da, Sá, P. F. de, Santos, M. de L. S., & Lopes, T. B. (2024). ASPECTOS HISTÓRICOS DO DESENVOLVIMENTO DA IDEIA E REPRESENTAÇÃO DE POTENCIAÇÃO. Revista De História Da Educação Matemática, 10, 1–22. https://doi.org/10.62246/HISTEMAT.2447-6447.2024.10.616

Edição

Seção

Artigos