O ERRO NA AVALIAÇÃO COMO PRÁTICA DE INVESTIGAÇÃO E COMO OPORTUNIDADE DE APRENDIZAGEM
Palavras-chave:
Erro, Avaliação como Prática de Investigação, Avaliação como Oportunidade de Aprendizagem, Educação MatemáticaResumo
A avaliação de rendimento, tradicionalmente realizada em aulas de matemática, está a serviço da classificação, comparação, seriação, exclusão e diferenciação dos estudantes. O que é diferente do ideal é tomado como errado e indesejável e os estudantes são analisados sempre pelo que lhes falta. Em busca de uma mudança de concepção em relação ao erro e às práticas avaliativas de rendimento, busca-se, neste artigo, discutir uma concepção de erro subjacente à perspectiva de avaliação como prática de investigação e como oportunidade de aprendizagem por meio da análise da produção escrita. Em relação ao erro nessa perspectiva, propõem-se uma mudança de olhar para as produções escritas dos estudantes, efetuando uma leitura positiva para suas maneiras de lidar com as situações e tarefas. Discute-se a importância do trabalho com tarefas que deem a oportunidade de os estudantes mostrarem o que sabem, por diferentes caminhos e por meio de diferentes estratégias. Apresentam-se o papel das intervenções nas produções dos estudantes para oportunizar aprendizagens e diferentes instrumentos de avaliação que podem suscitar intervenções.
Downloads
Referências
Avaliar (2023). Oxford University Press.
Barlow, M. (2006). Avaliação escolar: mitos e realidades. Artmed.
Buriasco, R. L. C. (1999). Avaliação em Matemática: um estudo das respostas de alunos e professores. (Tese de Doutorado em Educação). Universidade Estadual Paulista.
Buriasco, R. L. C. (2000). Algumas considerações sobre avaliação educacional. Estudos em avaliação educacional, (22). https://doi.org/10.18222/eae02220002221
Buriasco, R. L. C. & Soares, M. T. C. (2008). Avaliação de sistemas escolares: da classificação dos alunos à perspectiva de análise de sua produção matemática. In: W. R. Valente. Avaliação Matemática: história e perspectivas atuais. Papirus.
Cury, H. N. (2007). Análise de erros: o que podemos aprender com as respostas dos alunos. Autêntica.
De Lange, J. (1999). Framework for classroom assessment. Freudenthal Institute.
Elia, I., Van den Heuvel-Panhuizen, M. & Kolovou, A. (2009). Exploring strategy use and strategy flexibility in non-routine problem solving by primary school high achievers in mathematics. ZDM Mathematics Education, 41. https://doi.org/10.1007/s11858-009-0184-6
Esteban, M. T. (2013). O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e fracasso escolar. De Petrus et Alii.
Esteban, M. T. & Pina, B. S. F. (2021). Silenciamento e diálogo na avaliação escolar. Revista Teias, 22(67). https://doi.org/10.12957/teias.2021.52977
Ferreira, P. E. A. (2009). Análise da produção escrita de professores da Educação Básica em questões não-rotineiras de matemática. (Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática). Universidade Estadual de Londrina.
Garnica, A. V. M. (2006). Erros e Leitura Positiva: propostas, exercícios e possibilidades. I Jornada Nacional de Educação Matemática e XIV Jornada Regional de Educação Matemática, Passo Fundo.
Hadji, C. (1994). A Avaliação, Regras do Jogo. Porto Editora.
Lins, R. C. (1999). Por que discutir Teoria do Conhecimento é relevante para a Educação Matemática. In M. A. V. Bicudo. Pesquisa em Educação Matemática: concepções e perspectivas (pp. 75-94). Editora UNESP.
Luckesi, C. C. (2011). Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. Cortez.
Mendes, M. T. (2014). Utilização da Prova em Fases como recurso para regulação da aprendizagem em aulas de cálculo. (Tese de Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática). Universidade Estadual de Londrina.
Pedrochi Junior, O. (2012). Avaliação como oportunidade de aprendizagem em Matemática. (Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Educação Matemática). Universidade Estadual de Londrina.
Santos, E. R. & Buriasco, R. L. C. (2016). A Análise da Produção Escrita em Matemática como Estratégia de Avaliação: Aspectos de uma Caracterização a Partir dos Trabalhos do GEPEMA. ALEXANDRIA Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, 9(2). https://doi.org/10.5007/1982-5153.2016v9n2p233
Silva, G. S. & Buriasco, R. L. C. (2022). Indícios de interatividade na aplicação de uma Prova-Escrita-em-Fases. Ciência & Educação, 28, 1-15 https://doi.org/10.1590/1516-731320220036
Silva, G. S. Um olhar para os processos de aprendizagem e de ensino por meio de uma trajetória de avaliação. (Tese de Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática). Universidade Estadual de Londrina.
Silva, G. S., Bardaçon, A. C. & Venturini, L. S. (2019). Um estudo de um vaivém à luz da Educação Matemática Realística. XV Encontro Paranaense de Educação Matemática, Londrina.
Silva, G. S., Innocenti, M. S. & Zanquim, J. A. B. (2022). Um estudo sobre intenções de intervenções feitas por uma professora em um Vaivém. Revista de Educação Matemática (REMat), 19. https://doi.org/10.37001/remat25269062v19id655
Souza, J. A. (2018). Cola em Prova Escrita: de uma conduta discente a uma estratégia docente. (Tese de Doutorado em Ensino de Ciências e Educação Matemática). Universidade Estadual de Londrina.
Van den Heuvel-Panhuizen, M. (1996). Assessment and Realistic Mathematics Education (Tese de Doutorado). Freudenthal Institute, Utrecht University.
Viola dos Santos, J. R. & Buriasco, R. L. C. (2008). Da ideia do ‘erro’ para as maneiras de lidar: caracterizando nossos alunos pelo que eles têm e não pelo que lhes falta. In R. L. C. Buriasco. Avaliação e Educação Matemática (pp. 87-108). SBEM.
Viola dos Santos, J. R., Buriasco, R. L. C. & Ciani, A. B. (2008). A avaliação como prática de investigação e análise da produção escrita em matemática. Revista de Educação, (25).
Downloads
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 1077 PDF downloads: 415