CÁLCULO MENTAL E O SABER PROFISSIONAL: uma caracterização possível
Palavras-chave:
Cálculo Mental, Atividades Mentais, Maria do Carmo Domite MendonçaResumo
Neste texto é apresentado o resultado de uma análise de dois artigos, um escrito por Maria do Carmo Domite Mendonça em coautoria de Marcelo Lellis e outro apenas da autoria de Maria do Carmo Domite Mendonça. O objetivo foi de caracterizar o entendimento de Maria do Carmo Domite Mendonça sobre cálculo mental e atividades mentais e, a partir dessa caracterização, verificar se esses conceitos poderiam ser considerados como saberes a ensinar ou saberes para ensinar. Para atingir tal intento a análise foi norteada por questionamentos do tipo: Quais as finalidades do cálculo mental sistematizado por Maria do Carmo Domite Mendonça e Marcelo Lellis? O que, na concepção da autora, era a atividade mental? Será que existia alguma relação entre cálculo mental e atividade mental? Como fundamentação teórica foi utilizado o entendimento de Borer (2017) e Hofstetter e Schneuwly (2017). A análise realizada permite apontar que o cálculo mental tinha como finalidade desenvolver o raciocínio do aluno e torná-lo autônomo no processo de ensino-aprendizagem constituindo-se assim, para além de um saber que deveria ser ensinado, uma ferramenta de ensino, um saber para ensinar. Já a atividade mental consistia em elemento estruturante de uma concepção de ensino que visava substituir a aprendizagem por meio da exposição por uma aprendizagem em que o objetivo é a sua construção.
Downloads
Referências
Bertero, O. C. (1979). Aspectos organizacionais da inovação educacional: o caso da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento do Ensino de Ciências (FUNBEC). Ver. Adm. Empres. São Paulo. 9(4). 57 – 71. Recuperado de http://hdl.handle.net/10438/21195
Borer, V. L. (2017). Saberes: uma questão crucial para a institucionalização da formação de professores. In R. Hofstetter & W.R. Valente (Org.). Saberes em (trans) formação: tema central a formação de professores (p. 173-199, 1 ed.). São Paulo: Editora da Física.
Burker, P. O que é história cultural? Rio de Janeiro, Editora Zahar, 2ª Ed., 2008.
Fontes. C. G. (2010). O valor e o papel do cálculo mental nas séries iniciais. (Dissertação de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática). Faculdade de Educação - USP. São Paulo. Recuperado de https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11112010-162005/pt-br.php
Franco, D. S. (2014). A gestão de Paulo Freire à frente da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (1989 – 1991) e suas consequências. Pro-Posições, 25(3), 103-12. Recuperado de https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/proposic/article/view/8642435
Hofstetter, R., & Schneuwly, B. (2017). Saberes: um tema central para as profissões do ensino e da formação. In R. Hofstetter & W.R. Valente (Org.). Saberes em (trans) formação: tema central a formação de professores (p. 113-172, 1 ed.). São Paulo: Editora da Física.
Mendonça, M. C. & Lellis, M. (1989). Cálculo mental. Revista de Ensino de Ciências, n. 22. p.
– 57.
Mendonça, M. C. D. (1993). Dialogando de fora para dentro (o “espaço” fora da sala de aula como um “espaço” de aula). In: Pontuschaka, N. N. (Org.). Ousadia no diálogo: interdisciplinaridade na escola pública. p. 53 – 65. São Paulo: Edições Loya.
Downloads
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 484 PDF downloads: 3889