TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS E MATEMÁTICA MODERNA: o que dizem as normativas curriculares no período de 1950 a 1970?

Autores

DOI:

10.62246/HISTEMAT.2447-6447.2024.10.664

Palavras-chave:

História da Educação Matemática, Geometria escolar, Matemática Moderna, Ensino Secundário, Programas de Matemática

Resumo

A pesquisa apresentada faz parte de um projeto mais amplo que investiga as relações entre a História da Geometria Escolar e o Movimento da Matemática Moderna (MMM) por meio de um estudo comparativo entre Brasil e França. Para o presente artigo, como uma primeira etapa do projeto maior, iniciamos com um estudo que propõe analisar como as transformações geométricas (TG) foram integradas nas normativas curriculares do Brasil para alunos de 11 a 14 anos. O estudo foca nas normativas relativas ao Ensino Secundário entre as décadas de 1950 e 1970, com destaque para as reformas educacionais e programas específicos de São Paulo. As fontes examinadas foram: a Reforma Simões Filho (1951), os programas do Diário Oficial de 1965 e os Guias Curriculares de 1975. O exame dos documentos revela apropriações dos ideais do MMM no contexto brasileiro, destacando a importância das TG como elemento integrador entre geometria e álgebra. A análise dos resultados indica que as TG somente foram incorporadas de maneira significativa, em São Paulo, nos Guias Curriculares de 1975, de forma sugestiva, sem caráter obrigatório, refletindo uma adaptação das práticas tradicionais de geometria. A inclusão das TG exigiu a redução do enfoque na geometria dedutiva nas séries finais do 1º grau (alunos de 13 a 14 anos), indicando uma tentativa de modernização e diversificação do ensino de geometria no estado de São Paulo.

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Biografia do Autor

Maria Celia Leme da Silva, UNIFESP

Doutora em Educação – Currículo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Professora Associada da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Diadema, São Paulo/SP, Brasil. Professora do Programa de Pós-graduação em Educação para a Ciência da UNESP de Bauru e do Programa de Pós-graduação de Educação Matemática da UNESP de Rio Claro. Endereço para correspondência: Rua Rio Grande 551, ap. 11B, Vila Mariana, São Paulo/SP, Brasil, CEP: 04018-001. E-mail: celia.leme@unifesp.br.

Ana Paula Jahn, IME-USP

Doutora em Didática da Matemática na Universidade Joseph Fourier (UJF - Grenoble 1). Professora Doutora do Departamento de Matemática do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (IME-USP), São Paulo, São Paulo, Brasil. Rua Cardoso de Almeida, 820 (ap. 142), Perdizes, São Paulo, São Paulo, Brasil, CEP: 05013-001. E-mail: anajahn@ime.usp.br.

Marc Moyon, Université de Limoges

Docteur en histoire et philosophie des mathématiques de l'université de Lille (France). Professeur d'histoire des mathématiques de l'université de Limoges, CNRS, XLIM, UMR 7252, F-87000 Limoges, France. E-mail: marc.moyon@unilim.fr

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Publicado

2024-11-16

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Como Citar

Leme da Silva, M. C., Jahn, A. P., & Moyon, M. (2024). TRANSFORMAÇÕES GEOMÉTRICAS E MATEMÁTICA MODERNA: o que dizem as normativas curriculares no período de 1950 a 1970? . Revista De História Da Educação Matemática, 10, 1–22. https://doi.org/10.62246/HISTEMAT.2447-6447.2024.10.664

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