A INTUIÇÃO E O SABER GEOMÉTRICO: contribuições das pesquisas historiográficas para produção de uma epistemologia do ensino
Palavras-chave:
História da Educação Matemática, História da Matemática, Intuição, Ensino, GeometriaResumo
O presente artigo analisa as implicações didático, pedagógicas, e também epistemológicas, que a noção de intuição exerceu sobre o saber geométrico. De forma particular, discute-se as possíveis contribuições do intercruzamento dos resultados das pesquisas envolvendo História da Educação Matemática e História da Matemática para compreensão dos saberes que caracterizam o trabalho profissional do professor que ensina geometria. Como referência para as análises desenvolvidas neste artigo tomaremos produções sobre o tema, sobretudo de origem francesas. As análises indicam que a noção da intuição, ora tomada como pressuposto para analisar os processos de elaboração dos mecanismos internos de compreensão daquele que aprende, ora compreendida como uma dimensão do próprio saber disciplinar, parece participar efetivamente da produção dos saberes que caracterizam o ensino de geometria.
Downloads
Referências
Almeida, A. F. D. (2021). Processos e dinâmicas de produção de novas matemáticas para o ensino e para a formação de professores: a expertise de Lydia Lamparelli, São Paulo (1961-1985) (Dissertação de doutorado).
Assude, T., & Gispert, H. (2003). Les mathématiques et le recours à la pratique: une finalité ou une démarche d’enseignement. In L’École républicaine et la question des savoirs. Enquête au cœur du Dictionnaire de pédagogie de F. Buisson, 175-196.
Bastos, M. H. C. (2000). Ferdinand Buisson no Brasil: pistas, vestígios e sinais de suas ideias pedagógicas (1870-1900). Revista História da Educação, 4(8), 79-109.
Bicudo, I. (2009). Os elementos: Introdução e tradução diretamente do grego (Vol. 1) Unesp.
Bloch, M. (2001). Apologia da história ou o ofício de historiador. Rio de Janeiro: J. Zahar.
Bkouche, R. (1991). Variations autour de la réforme de 1902/1905. H. Gispert, La France mathématique. Cahiers d’histoire et de philosophie des sciences, 34, 181-213.
Bkouche, R. (2004). La géométrie élémentaire, une science physique? In.: Enseigner la Géométrie dans le Secondaire, Commission Inter-IREM Géométrie (Liège 2003), IREM de Reims.
Chavannes, D. A. (1805). Exposé de la Méthode Élémentaire de H. Pestalozzi, 1805.
D'Enfert, R., Gispert-Chambaz, H., & Hélayel, J. (2003). L'enseignement mathématique à l'école primaire: de la Révolution à nos jours. 1791-1914. INRP.
Gonseth, F. (1936). Les mathématiques et la réalité: essai sur la méthode axiomatique.
Hébrard, J. (1990). A escolarização dos saberes elementares na era moderna. Teoria & Educação, [2], 65-110.
Heinzmann, G. (2008). Intuition et arithmetique. In.: Methodisches Denken im Kontext (pp. 191-201). Brill mentis.
Leme da Silva, M. C. (2014). Desenho e geometria na escola primária: um casamento duradouro que termina com separação litigiosa. História da Educação, 18(42), 61-73.
Oliveira, A.O (2015). Incerteza e descrença. In.: Mutações: a invenção das crenças. Edições Sesc.
Rosa, J. G. (2019). Grande sertão: veredas. Editora Companhia das Letras.
Trouvé, A. (2008). La notion de savoir élémentaire à l'école: doctrines et enjeux. Editions L'Harmattan.
Valdemarin, V. T. (2004). Estudando as lições de coisas: análise dos fundamentos filosóficos do método de ensino intuitivo. Autores Associados.
Valente, W. R. (2012). Tempos de Império: a trajetória da geometria como um saber escolar para o curso primário. Revista Brasileira de História da Educação, 12(3 [30]), 73-94.
Valente, W. R. (2020). História e cultura em educação matemática: a produção da matemática do ensino. REMATEC, 15(36), 164-174.
Downloads
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 149 PDF downloads: 117