ELEMENTOS QUE CONDICIONAM A PRESENÇA DE MULHERES NO ÂMBITO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NA BAHIA: uma análise com base nas relações sociais de gênero
Palavras-chave:
Matemática, Gênero, Licenciatura, Bacharelado, MulheresResumo
Este artigo discute como as relações desiguais de gênero podem condicionar e restringir a presença de mulheres docentes de matemática no ensino superior da Bahia. A investigação traz como suporte teórico os estudos de gênero, a fim de problematizar e identificar questões históricas, sociais e culturais implicadas na constituição dos sujeitos, sobretudo nas suas escolhas profissionais voltadas à docência de matemática. Com base em pesquisa documental e bibliográfica, foi possível revelar aspectos que tornam o exercício da docência na universidade um meio de reprodução das desigualdades sociais de gênero. Os dados levantados nos levam a constatar também que ainda existe uma escassez de modelos femininos que possam inspirar especialmente as meninas e outras mulheres a investirem em carreiras ligadas ao conhecimento matemático.
Downloads
Referências
Agência Senado (2020). Para lei escolar do Império, meninas tinham menos capacidade intelectual que meninos. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/nas-escolas-do-imperio-menino-estudava-geometria-e-menina-aprendia-corte-e-costura . Acesso em 2 jul. 2020.
Almeida, J. S. (1996). Imagens de mulher: a imprensa educacional e feminina nas primeiras décadas do século. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v.79, n. 191, p. 19-30, Brasília: MEC/INEP, jan./abr. https://doi.org/10.24109/2176-6681.rbep.79i191.1041
Almeida, J. S. (1998). Mulher e Educação: a paixão pelo possível. São Paulo: UNESP.
Almeida, J. S. (2006). Ler as letras: por que educar meninas e mulheres? Campinas-SP: Autores Associados.
Assis, E. S. (2020). As Relações de Gênero na Licenciatura em Matemática. Revista Binacional Brasil Argentina, v. 9 n. 1, p. 54-78, Vitória da Conquista-BA, jul. https://doi.org/10.22481/rbba.v9i1.6921
Bourdieu, P. (2012). A dominação masculina. 11ª ed. Rio de Janeiro-RJ: Bertrand Brasil.
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). (2019). Censo da Educação Superior 2018: notas estatísticas. Brasília. BRASIL.
Lei de 15 de outubro de 1827. (1827). Manda crear escolas de primeiras letras em todas as cidades, villas e logares mais populosos do Império. Rio de Janeiro. BRASIL.
Bruschini, M. C. A. (2007). Trabalho e Gênero no Brasil nos Últimos dez Anos. Cadernos de Pesquisa, v. 37, n. 132, p. 537-572, set./dez. https://www.scielo.br/j/cp/a/KybtYCJQvGnnFWWjcyWKQrc/abstract/?lang=pt
Cavalari, M. F. (2010). Mulheres Matemáticas: Presença Feminina na Docência no Ensino Superior de Matemática das Universidades Estaduais Paulistas. Revista Brasileira de História da Matemática, v. 10, n. 19, p. 89-102. http://www.rbhm.org.br/index.php/RBHM/article/view/153
Dias, A. L. M. (2001). As fundadoras do Instituto de Matemática e Física da Universidade da Bahia. Hist. cienc. Saude, v.7, n.3, Rio de Janeiro-RJ, fev. https://www.scielo.br/j/hcsm/a/gJGSgFdB6QgmJSkMGfnhtbc/abstract/?lang=pt
Feeney, M. K. (2020). Por que poucas mulheres venceram o prêmio Nobel? BBC Future.
Fernandes, F. (2019). A história da educação feminina. Multi Rio e a mídia educativa da cidade.
Lerner, G. (1990). El origem Del patriarcado. In: LERNER, G. La creación Del patriarcado. Barcelona-ES: Editorial Crítica, p. 310- 330. https://feminismoinc.org/wp-content/uploads/2021/09/la_creacion_del_patriarcado_-_gerda_lerner-2.pdf
Lei 1927 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lim/LIM..-15-10-1827.htm
Louro, G. L. (2007). Mulheres na sala de aula. In: DEL PRIORE, M (Org.). História das Mulheres no Brasil. São Paulo: Editora Contexto. p. 443-481.
Menezes, M. B. (2015). A matemática das mulheres: as marcas de gênero na trajetória profissional das professoras fundadoras do Instituto de Matemática e Física da Universidade da Bahia (1941-1980). Tese (Doutorado em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo) - Universidade Federal da Bahia, Salvador-BA. https://repositorio.ufba.br/handle/ri/23639
Pereira, A. C. F.; Favaro, N. de A. L. G. (2017). História da mulher no ensino superior e suas condições atuais de acesso e permanência. Universidade Estadual do Paraná, Paranavaí-PR.
Santos, S. B. (2013). Narrativas de mulheres alunas da EJA sobre como percebem e lidam com a Matemática. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Formação de Professores) - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Jequié-BA.
Schiebinger, L. (2001). O feminismo mudou a ciência? Bauru-SP: EDUSC.
Souza, K. C. S. (2006). As mulheres na matemática. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática) - Universidade Católica de Brasília, Brasília-DF.
Vianna, C. P. (2013). A feminização do magistério na educação básica e os desafios para a prática e a identidade coletiva docente. In: YANNOULAS, S. C. (Org.). Trabalhadoras: análise da feminização das profissões e ocupações. Brasília-DF: Abaré. p. 159-180. https://core.ac.uk/download/pdf/37520375.pdf
Downloads
Publicado
Métricas
Visualizações do artigo: 387 PDF downloads: 119