AS PRÁTICAS INDIVIDUAIS DE ENSINO NA FORMAÇÃO MATEMÁTICA DOS NORMALISTAS DA ESCOLA NORMAL DE CAETITÉ-BA (1926-1942)

Resumo

Este artigo apresenta uma exposição histórica de um recorte dos resultados da pesquisa de mestrado que se propôs estudar os saberes na formação matemática de discentes da Escola Normal de Caetité-Bahia (1926-1961). Neste texto, analisa-se como aconteceram as Práticas Individuais de Ensino (estágio) e quais suas contribuições para a formação dos normalistas da Escola Normal de Caetité, especialmente no âmbito do ensino de Matemática, no período de 1926 a 1942.  Trata-se de uma pesquisa histórica na perspectiva da história cultural, de acordo com Roger Chartier (1990), e as análises reúnem discussões de teóricos que abordam conceitos de saberes a ensinar e para ensinar, Rita Hofstetter e Bernard Schneuwly (2017). Nesse sentido, identificou-se a presença de saberes a ensinar e para ensinar matemática integrados às ações das práticas individuais de ensino. O estudante normalista cumpria um ciclo de preparação para docência: nos dois anos iniciais o curso versava no cumprimento de orientações sobre a cultura geral e o ensino propedêutico, e nos dois últimos anos, intensificava a formação direcionada às práticas escolares e de ensino. Para o ensino da Matemática, naquele período, usavam-se artifícios do método intuitivo, explorando os sentidos, as formas e as experiências das crianças para elaborar e ir aprofundando o entendimento dos conceitos e dos conteúdos matemáticos.